Por Flávia Robles
Alfred Hitchcock. Este é o nome do mestre desse gênero. Os filmes do diretor amarravam o espectador à tela com suas tramas complexas, que causavam nervosismo diante das situações tensas, dúvida em relação ao que aconteceria no final e ansiedade com as constantes quebras de expectativa. As narrativas levavam o espectador a compartilhar os sentimentos das personagens, compadecendo-se delas e acreditando nelas. Com isso, a ingenuidade do espectador é testada a todo momento.
Assim se constrói um bom thriller, cheio de suspense e tensão. O espectador é desafiado a todo momento, fica numa constante incerteza e apreensivo com as costumeiras perseguições e situações de perigo iminente. Isso se prolonga e se mantém até o fim, prendendo a audiência à trama. Para isso, há dois dispositivos fundamentais no gênero. Um é o chamado “contra-relógio”: o protagonista é desafiado a realizar um feito contra um tempo curtíssimo. O outro é o “labirinto”: o protagonista fica perdido, sem rumo. Essas dimensões, temporal e espacial, constituem-se em um jogo mental típico do gênero.
Os filmes do gênero thriller, geralmente chamados também de filmes de suspense, foram surgindo dentro de outros gêneros, como nos filmes de perseguição e mistério. De Alfred Hitchcock, temos várias obras-primas, entre elas: “O Homem que Sabia Demais” (1934), “Quando Fala o Coração” (1945), “Interlúdio” (1946) e “Janela Indiscreta” (1954). Além destes, alguns filmes que se destacam no gênero são: “Círculo do Medo” (1962), “Operação França” (1971), “Vestida para Matar” (1980), “O Silêncio dos Inocentes” (1991) e “Seven – Os Sete Crimes Capitais” (1995).